II MARCHA ESTADUAL PELA VIDA E LIBERDADE RELIGIOSA DO RS E LANÇAMENTO DA CAMPANHA – Quem é de Axé, Diz que é....

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25 DE JANEIRO DE 2010 – em alusão ao dia 21 de janeiro Dia Nacional de combate à Intolerância Religiosa

Mais uma vez o Povo do Àse Afro-Gaucho se levanta para defender seus direitos e denunciar as atrocidades perpetrada sobre uma fé milenar e exigir respeito. Já há muito tempo intolerância religiosa é pauta em todo o território nacional. Desrespeito têm sido cometidos em defesa de uma fé discriminadora, irracional e racista professada pelos seguimentos Neo-pentecostais e sobretudo pela da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) Brasil afora, com o aval dos governos em todas as esferas. Desde 2003 discutimos a sacralização de animais em templos de Religião de Matrizes Africanas em virtude de Lei proposta por um Deputado evangélico na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Conseguimos modificar tal Lei, excetuando da mesma os cultos e liturgias das Religiões de Matrizes Africanas. Defensores de Animais insuflados pro evangélicos entraram com uma Adin (ação direta de Inconstitucionalidade) e na esfera estadual perderam. A lei desde então está no Supremo Tribunal Federal nas Mãos do Ministro Marco Aurélio Mello que por covardia ou omissão não coloca em Pauta a Adin. A partir daí, enfrentamos mais lutas na esfera municipal envolvendo castração, e esterilização de animais, bem como enquadrando práticas religiosas como agentes de poluição e impactos ambientais, tentando imputar multas a quem fosse pegos fazendo oferendas para as divindades. Conseguimos vencer!

Atualmente, estamos em plena batalha contra este racismo religioso imposto por mais um Deputado Evangélico que propõe um projeto lei para discutir a Lei do Silencio, tendo por argumentação “templos religiosos”. O Ministério Público estadual reconhece a Incostitucionalidade da Lei, mas questiona a legitimidade de um Terreiro e da CEDRAB – Congregação em defesa das Religiões Afro-Brasileira com relação a representatividade regional. Ao que nos consta um terreiro representa todos os terreiros do Brasil, pois se caso condenado assim será aplicada a Lei. O TJ-RS acata parecer do MP e foge à discussão do mérito pedindo a extinção da Adin. Entraremos com recurso e conforme acordado com organizações do movimento que atuam no cenário nacional outra Adin será movida por estas organizações. Não vamos entregar nossa ancestralidade nem o nosso direito à igualdade de direitos e ao respeito!

Na Bahia mais um terreiro centenário sofre violência, e desta vez, O Ile Axé Opo Afonja cuja Iyalorisa é Mãe Estela de Oxossi.

Precisamos estar vinte e quatro horas por dia atentos, pois a todo o momentos podem surgir novas leis e ataques ao Povo Afro Religioso, pois inclusive agressões físicas tem sido cometidas. Se não tomarmos uma atitude, o Brasil se tornará em um novo Afeganistão. Por isso no dia vinte e cinco de janeiro, TODOS devemos ocupar as Ruas da Capital e protestar contra o ódio Religioso e o processo de indemonização engendrado pelos Neo pentecostais a uma religião Milenar de um Povo que construiu este País e merece Respeito.

2010 é ano de eleição, e nós povo do axé, precisamos tomar consciência que sozinhos somos fracos, mas unidos somos uma legião, e que esta legião pode empoderar um representante legítimo.

A Campanha lançada em Salvador pelo CEN – Brasil será lançada no RS neste dia, para que possamos definitivamente saber quantos somos e mostrar para os governos que somos muitos, fazemos a diferença e precisamos garantir o direito aos nossos territórios sagrados, o direito de liberdade de culto e à cidadania...Quem é de axé, Diz que é... vamos mostrar o censo que queremos, ninguém pode falar por nós, nós sabemos nossas necessidades, temos boca, fala e memória!!!

Vamos neste dia com nossos Torsos e Ojás (pano branco que cobre o Ori) ocupar as Ruas de Porto Alegre, provocando um verdadeiro mar de Ojás dando boas vindas ao Ano de Iyemoja!!

A Marcha Sairá do Largo Glenio Peres, onde será feita uma saudação ao Bará do Mercado, ganhará a Borges de Medeiros até o Largo Zumbi, onde será feita uma grande roda, denunciando a ausência de uma ação do poder publico que potencialize aquele território sagrado como espaço e patrimônio do Povo Negro Gaúcho com estrutura e preservação de nossa memória e tradição, e dali seguiremos até a Volta do Gasômetro onde Faremos uma Saudação aos orixás e uma grande roda, onde será entregue um presente aos Orixas das águas.

A II Marcha Marcará a abertura do Primeiro Encontro Nacional das comunidades das tradições de Matriz Africana e saúde durante FSM2010 que reunirá as lideranças religiosas mais expressivas do Brasil e que comporão a Marcha o encontro será de 26 a 29 de janeiro de 2010 na PUC-RS.

Baba Diba de Iyemonja

CEDRAB-RS – Congregação em defesa das Religiões afro-brasileiras do estado do rio Grande do Sul


>>video produzido por educadores do Ori Inu Erê valorizando as culturas de matriz africana e o batuque do RS.

REDE GLOBO LANCA "SAGRADO"

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Desde o dia 05 outubro, a diversidade religiosa tem espaço na programação da Rede Globo com a estreia do programa “Sagrado”, uma coprodução da Rede Globo com o Canal Futura. A série irá discutir um tema atual por semana, mostrando a visão e o entendimento de cada religião a respeito de assuntos muitas vezes polêmicos como: violência urbana, liberdade de expressão, sexualidade, novas famílias, entre outros.

"Sagrado" será exibida em diversos formatos. Na Rede Globo, uma peça de dois minutos de duração irá ao ar diariamente pela manhã, às 6h05. Às sextas-feiras, o programa Mais Você, de Ana Maria Braga, vai debater o tema da semana, utilizando o material da série. Aos domingos, às 6h50, os programas são reunidos em uma edição especial de 10 minutos. Já o Canal Futura, exibirá diariamente a versão integral das peças em dois horários, às 7h15 e às 18h45.

Entre os líderes religiosos que participam do programa, estão: o Cônego Antônio Mazatto (catolicismo), professor da Faculdade de Teologia N. Sra. Assunção, de São Paulo; o Pastor Israel Belo (protestantismo), da Igreja Batista de Itacuruçá; o Xeique Armando Hussein Saleh (islamismo), membro do Conselho Superior da Mesquita Brasil, em São Paulo; o Rabino Nilton Bonder (judaísmo), da Congregação Judaica do Brasil; Antonio Cesar Perri de Carvalho (espiritismo), diretor da Federação Espírita Brasileira; Valdina Pinto (religiões Afro-brasileiras), do Terreiro Tanuri Junsara, em Salvador; e Lama Padma Santem (budismo), do Instituto Caminho do Meio, Centro de Estudos Budistas Bodisatva, de Viamão, RS.

O programa vai falar sobre assuntos contemporâneos e polêmicos, tais como:

1. Lugar e papel das religiões no mundo contemporâneo
2. Tragédia e solidariedade
3. Violência urbana
4. Lugar e papéis sociais da mulher no mundo contemporâneo
5. Vaidade e culto ao corpo
6. Novas famílias
7. Quando começa, quando termina a vida? Abordado pela temática dos transplantes
8. Ganância: a permanente tensão riqueza ‘versus’ felicidade
9. Liberdade sexual (orientações de gênero, poligamia...)
10. Estado laico (limites entre religião e Estado; movimentos religiosos no Congresso Nacional)
11. Destino ‘versus’ livre arbítrio
12. Liberdade de expressão
13. Pós-morte (vida após a morte; o que vem depois da morte?; por que o homem teme tanto a morte?)
14. Fome ‘versus’ vontade de comer (instinto e pulsão; obesidade)
15. Corrupção (política como prática democrática e corrupção)
16. Essência do ser humano (na essência o homem é bom?; bom selvagem ‘versus’ homem domesticado)
17. Meio ambiente: por que o homem não consegue alcançar sustentabilidade?
18. Crianças abandonadas pelas mães.



fonte: rede globo

E agora rumo a Caminhada Nacional pela Vida e Liberdade Religiosa em Salvador

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Baba Diba de Iyemonja participará da reunião preparatória para o lançamento da 1ª Caminhada Nacional pela Vida e Liberdade Religiosa em Salvador, no dia 03 de outubro de 2009.‏



A Caminhada será realizada de 19 a 22 de novembro do corrente ano, em Salvador, na rua do Busto de Mãe Runhó ao Dique do Tororó.



clica aqui e acompanha as novidades.

Rio Grande do Sul marcou presença na II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, no Rio de Janeiro

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Mais de 80.000 pessoas participaram da II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa no Rio de Janeiro no domingo, dia 20 de setembro de 2009. Vestidos de branco em sua maioria, os fiéis ocuparam a Avenida Atlântica entoando cânticos e celebrando liberdade de culto, contra a intolerância religiosa, embalados pelo Oludum e o Ilê Aiye.


Uma passarela repleta de diversidade de línguas, manifestações religiosas, orações e um grito em comum "Liberdade Religiosa - EU TENHO FÉ". Neste clima descontraído, alegre e fraterno seguiu pela Orla de Copacabana a II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa.


Baba Diba de Iyemonja e a Mãe Graça da Oxum, de Rio Grande - RS estiveram na Caminhada representando a Comunidade Terreiro Ile Àsé Iyemonja Omi Olodo, Centro Espírita Oxum e Xangô, CEDRAB-RS - Congregação em Defesa das religiões Afro Brasileiras do RS, bem como a FORMA-RS – Fórum das Comunidades Tradicionais de Mariz africana pela Segurança Alimentar e todo o povo do AXÉ do Rio Grande do Sul.


A caminhada aconteceu das 10:00 as 16:00 horas e teve representantes de alguns estados.

O povo do axe do Rio Grande do Sul rumo a II Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa - Eu tenho Fé, no Rio de Janeiro

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O Povo do Axé do Rio Grande do Sul abraçou a II caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, promovida pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro.
Essa caminhada será realizada no dia 20 de setembro de 2009, domingo, às 9h, no Posto 6 da praia de Copacabana.

Estaremos lá, juntos mais uma vez para manifestar pacificamente o nosso desejo de liberdade!

E em novembro estaremos de maos dadas com o povo de Salvador rumo a I Caminhada nacional em defesa da liberdade religiosa naquela cidade.
Essa estratégia visa fortalecer a II Marcha Estadual pela Liberdade Religiosa e pela Vida, que será realizada em 21 de janeiro de 2010 em Porto alegre, garantindo a participação do povo do Candombé do Rio de Janeiro e da Bahia.



clica aqui para saber mais sobre a II Caminhada no Rio de Janeiro.

Rui Delgado

Indeferida liminar para suspender a Lei Estadual RS nº 13.085/08

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O Desembargador Francisco José Moesch, do Órgão Especial do TJRS, indeferiu, por ora, a liminar solicitada pela Congregação em Defesa das Religiões Afro-Brasileiras – CEDRAB - e outras entidades para suspender a vigência da Lei Estadual RS nº 13.085/08 que limita as emissões sonoras nos templos religiosos.
O pedido poderá ser reexaminado quando da juntada ao processo das informações a serem prestadas, se quiserem, pelo Poder Executivo e pela Assembléia Legislativa.
Observou o julgador que a Constituição Federal garante, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. “Em que pese essa garantia, o preceito não autoriza a poluição sonora”, considerou o Desembargador Moesch. Para o magistrado, “ao mencionar que a proteção se dará ´na forma da lei´, o legislador deixou clara a necessidade de se compatibilizarem as liberdades de todos”. “Isso quer dizer que a liberdade de culto não é ilimitada, devendo obediência às medidas de ordem pública”.
Entende ainda o integrante do Órgão Especial do TJRS que “é dever do Poder Público assegurar o livre exercício do culto, mas também impedir, mediante intervenção legal, que esse exercício venha a prejudicar a qualidade de vida não só dos freqüentadores dos templos, mas também dos integrantes da comunidade do entorno”.
“A Lei se refere às atividades realizadas em templos de qualquer crença, não se direcionando a um ou outro grupo religioso”, registra o Desembargador.
Depois da fase de instrução, a Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI – será levada ao plenário do Órgão Especial do TJRS para julgamento por 25 Desembargadores.

fonte: Tribunal de Justiça de RS

RELIGOSOS DÃO EXEMPLO DE UNIDADE EM PORTO ALEGRE

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A Marcha que reuniu mais de duas mil pessoas no Largo Glênio Peres em Porto Alegre iniciou as 18 horas. Caravanas do interior do estado foram chegando e se aglomerando ao longo do largo que fica à frente do Mercado Publico da Capital. Lideranças Religiosas de Matriz Africana e Umbanda, Quilombolas, dos movimentos sociais negro, capoeiristas, Comunidade Mulçumana fizeram seus pronunciamentos na abertura.
O povo do Axé deu exemplo de unidade, conseguiu reunir diversas expressões do movimento. Durante a Manha do dia da Marcha houve uma audiência com a secretaria de segurança publica do estado a fim de pressionar o governo para a criação da Delegacia contra intolerância Religiosa à exemplo do Rio de janeiro, as 14 horas, foi a vez do TJ-RS receber a Adin – Ação Direta de Inconstitucionalidade assistida pelo advogado Dr. Cláudio Kieffer, contra a Lei 13085 – “A Lei da Mordaça Religiosa” em que um deputado evangélico propõe limites de som para templos religiosos. No Primeiro Momento da Marcha houve uma homenagem ao Bará do Mercado (Exu).Trata-se de um assentamento feito no centro do Mercado Público de Porto Alegre por um Babalorixa no final do século XVIII, um príncipe do antigo Daomé hoje Benin, MANOEL CUSTÓDIO DA ALMEIDA, que veio morar no Brasil em Porto Alegre –RS ,e se estabeleceu na antiga colônia africana denominada então “ AREAL DA BARONESA” hoje bairro Cidade Baixa em Porto alegre. Desde o seu assentamento, todos os iniciados após cumprir um certo tempo de retiro fazem um “passeio” e neste passeio um dos locais reverenciados é o Mercado Publico, pelo axé de fartura e pelo assentamento do Bará. Uma grande roda foi feita em homenagem a este Orixa que faz parte, sem sombra de dúvidas, do Patrimônio Cultural afro – Gaucho.

Foi solicitado por Baba Diba de Iyemonja, coordenador da Marcha, um rufar de tambores em memória do Poeta Negro gaucho que levou o 20 de novembro para O Brasil, Oliveira Silveira falecido em 01 de janeiro de 2009 , à Professora Maria Helena Vargas falecida no dia 18 da janeiro de 2009, e aos quilombolas assassinados do Quilombo do Alpes localizado no Bairro Glória em Porto Alegre Volmi e Joelma.

A Seguir, a marcha seguiu seu curso ao som dos tambores que ficaram em cima de um caminhão de som com “Korin” cantados por Baba Diba de Iyemonja, que ao longo de toda a marcha animou os integrantes fazendo saudação aos Orixás.

Uma grande roda foi feita abraçando o Largo Zumbi dos Palmares, num ato reafirmação daquele espaço como um território negro, por se encontrar nas limitações do Antigo “AREAL DA BARONESA”, um espaço conquistado pelo movimento social negro e religioso com muita luta , que a administração municipal atual quer transformar em terminal de Ônibus. Neste largo foi feito uma evocação a Xango - Orixá da Justiça para que justiça seja feita no caso do assassinato do casal quilombola do quilombo dos Alpes assassinados a sangue frio no dia 4 de dezembro por conta da briga pela posse, graças a omissão do nosso governo que não agiliza o processo de titulação.

Após este ato, a marcha retomou o seu percurso seguindo até a Volta do gazômetro, Leito do rio Guaíba onde foi realizada uma grande roda de celebração com cânticos para Oxum, Iyemonja e Oxalá onde um presente foi entregue nas águas por lideranças religiosas.
Em um ato de protesto e ao mesmo tempo pela paz, é a primeira vez que religiosos de matriz africana se levantam e tomam as ruas da capital.

A Marcha foi acompanha pela Brigada Militar e pela EPTC, e parou o transito de Porto Alegre em pleno horário de Pique. A imprensa local, rádio, jornais e TV deram ampla cobertura.

babadyba de yemonjá

A I MARCHA PELA LIBERDADE RELIGIOSA E PELA VIDA NO RIO GRANDE DO SUL FOI UM SUCESSO!

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Em audiência realizada na manhã de quarta-feira (21/01), na sede da Secretaria da Segurança Pública, o secretário-adjunto, Rubens Edison Pinto, recebeu comitiva de representantes de entidades afro-religiosas do Estado. Na pauta, a sugestão de criação da Delegacia da Intolerância Religiosa, seguindo iniciativa já existente nas capitais do Rio de Janeiro e Bahia. A agenda foi intermediada pelo gabinete do deputado federal Vieira da Cunha (PDT), na ocasião representado por seu assessor parlamentar, Jorge Verardi, que também preside a Federação das Religiões Afro-Brasileiras (Afrobras).

De acordo com Baba Diba de yemOnjá, há cerca de 20 mil terreiros Porto Alegre e 65 mil no Rio Grande do Sul, e um histórico de intolerância nacional e estadual para com os cultos de matriz africana. Segundo ele, a criação de um organismo policial especializado no recebimento de denúncias e de ocorrências envolvendo casos de intolerância ou desrespeito às práticas religiosas, não apenas afro, viria ao encontro da Lei Federal 11.635/07, que institui a data de 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. “Vivemos num estado laico e de democracia social, onde mais de 50% da população brasileira é afro-descendente e temos o direto à liberdade aos cultos de raiz africana, seja de qual matriz for”, destacou Baba Diba de Iemanjá.
Conforme ele, as perseguições aos praticantes e as entidades envolvidas com cultos de matriz africana estaria partindo, principalmente, de praticantes de outras religiões não-católicas, gerando tensão em algumas comunidades da Capital e região metropolitana. Presente ao encontro, Mãe Norinha de Iemanjá assinalou que os terreiros gaúchos também estão transformando-se em espaços de referência para ações sociais junto às comunidades da periferia, com oferta de oficinas educativas e acolhimento de crianças e cidadãos de todas as cores e orientações. Já o babalorixá Pai Nilson de Oxum enfatizou que as diferentes entidades que reúnem as religiões afro-brasileiras no Estado têm trabalhado na conscientização para o respeito ao meio ambiente, esclarecendo para a responsabilidade dos praticantes nos atos de sacralização em espaços públicos.

Acompanhando a reunião pela SSP, o tenente-coronel Marco Antônio Moura dos Santos, diretor do Departamento de Gestão da Estratégia Operacional (DGEO), ressaltou que os organismos policiais também atuam com base em denúncias e registros de ocorrências. Salientou para a importância do uso do telefone 181 (Disque-Denúncia), canal seguro e em funcionamento 24h, onde o cidadão realiza sua denúncia de forma gratuita, sem necessidade de identificar-se e ainda podendo acompanhar a ocorrência. Argumentou que qualquer abuso de autoridade por parte de agentes da segurança precisa ser registrado, assim como observou que as inspeções aos imóveis que recebem terreiros são medidas adotadas objetivando a segurança dos participantes dos cultos.

Em seu pronunciamento, o secretário-adjunto afirmou que a criação da delegacia especializada será remetida para análise e resposta da Polícia Civil, dada à singularidade do processo, e por respeito aos relatos trazidos pela comitiva. Enumerou, ainda, que para este ano os investimentos do governo do Estado na Pasta serão de R$ 186,8 milhões, o que possibilitará instrumentalizar as instituições da segurança, qualificando a prestação de serviços ao cidadão.


Protocolada Ação contra lei estadual que impõe limite sonoro em templos religiosos
Às catorze horas foi distribuída ao Desembargador Francisco José Moesch, no âmbito do Órgão Especial do TJRS, a Ação Direta de Inconstitucionalidade com pedido de suspensão liminar proposta contra a vigência da Lei Estadual RS nº 13.085/08, que estabelece limites para a emissão sonora em templos religiosos.





A ADI foi protocolada na tarde de 21de janeiro em nome da seção gaúcha da Congregação em Defesa das Religiões Afro-Brasileiras - CEDRAB, Comunidade Terreira Ilê Yemonja Omi Olodo, C.E.U. Cacique Tupinambá e Centro de Pesquisa, Resgate, e Preservação da Tradição Afrodescendente - AFRICAnaMENTE.


A lei estabelece uma verdadeira “caça às bruxas” contra a prática das religiões de matriz africana, que utilizam tambores e atabaques na liturgia. Esta lei afronta os princípios constitucionais que estabelecem o Estado laico e a liberdade religiosa e é vedado aos Estados levantar embaraços ao funcionamento de cultos religiosos, conforme prevê o artigo 19 da Constituição Federal.

A comitiva das entidades esteve reunida com o 1º Vice-Presidente do Tribunal, Desembargador Roque Miguel Fank, que cumprimentou os visitantes pela data e informou sobre como se dá a tramitação de uma ADI no Tribunal.

















FONTES: SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RIO GRANDE DO SUL

EDIÇÃO E FOTOS: RUI DELGADO
LEI Nº 13.085, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2008.
(publicada no DOE nº 237, de 05 de dezembro de 2008)
Estabelece limites para emissão sonora nas atividades em templos religiosos, no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
A GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - A propagação sonora, no ambiente externo, durante as atividades realizadas em templos de qualquer crença, localizados no Estado do Rio Grande do Sul, não poderá ultrapassar, medidos em decibéis, durante o dia, os seguintes limites: zona industrial: 85, zona comercial: 80, zona residencial: 75 e, à noite, 10 decibéis a menos, para cada uma das respectivas áreas.
§ 1º - Considera-se noite o período entre as 22 (vinte e duas) horas e as 6 (seis) horas.
§ 2º - Considera-se ambiente externo aquele localizado a partir do ponto da reclamação.
Art. 2º - As medições da propagação sonora pelas autoridades ambientais deverão contar com representante indicado pela direção da entidade religiosa onde se fizer a medição.
§ 1° - Para a constatação do excesso deverão ser feitas três medições, com intervalo mínimo de quinze minutos entre elas, resultando na média, que será o número considerado para a conclusão da existência ou não do excesso.
§ 2° - Constatado o excesso, será dado prazo de 90 (noventa) a 180 (cento e oitenta) dias, para a adequação sonora, sem aplicação de multa, que somente será aplicada na reincidência ou na ausência das providências determinadas pela autoridade ambiental para a adequação sonora.
Art. 3° - Quando mais benéfica, aplica-se a legislação municipal.
Art. 4º - Esta Lei poderá ser regulamentada para garantir sua execução.
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 04 de dezembro de 2008.
Proc. nº 70028365344

Marcha pede entendimento entre culturas e religiões

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Encontro será realizado no dia 21, em Porto Alegre

Para a mitologia nagô, Ogun é o desbravador, senhor das estradas e das batalhas. Segundo a tradição afro-religiosa do Rio Grande do Sul, 2009 é regido por este Orixá, que também é um dos mais populares do Brasil. Pois o ano já começa com uma grande missão para esta divindade: inspirar os milhares de religiosos de diversas tradições que estarão reunidos no dia 21 de janeiro no Largo Glênio Peres, Centro da capital, para protagonizar a I Marcha Estadual Contra a Intolerância Religiosa e Pela Vida. A caminhada está prevista para iniciar às 18h, com saída do Mercado Público seguindo pela Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares, onde acontecerá um ato público, às 19h30. Haverá também uma atividade no Gasômetro, em que religiosos de matriz africana entregarão um presente às divindades das águas.

Ato Político
No Largo Zumbi dos Palmares, antigo Largo da Epatur, importante símbolo da resistência negra na capital, os integrantes da Marcha farão um ato de repúdio ao assassinato de quilombolas do Quilombo dos Alpes, ocorrido no final do ano, e vão pedir aos governantes que criem uma delegacia especializada em crimes étnico-raciais e intolerância religiosa, a exemplo do Rio de Janeiro, além de uma Comissão sobre o tema. Projetos de Lei que tramitam em âmbito estadual e municipal e que atacam a liberdade de culto também serão denunciados, como a conhecida "Lei do Silêncio".

A importância da data
O dia 21 de janeiro faz parte do calendário oficial do país como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, conforme explica o Babalorixá Dyba de Iyemanjá, conselheiro do CDRAB (Congregação em Defesa das Religiões Afro-Brasileiras), uma das entidades promotoras do evento. "Esta data lembra a morte de Mãe Gilda de Oxalá, em Salvador, que enfartou após ver sua foto estampada no jornal da igreja Universal, cuja manchete acusava: `charlatães lesam o bolso do povo´", explica.
O sacerdote alerta que a intolerância religiosa é pauta em todo o território nacional já há algum tempo. "Atrocidades tem sido cometidas em defesa de uma fé discriminadora, irracional e racista professada pelos seguimentos neo-pentecostais e, sobretudo, pela Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil afora. Precisamos estar atentos, pois a todo o momento surgem ataques ao povo afro-religioso, inclusive com agressões físicas, como já têm acontecido", denuncia.
O dia 21 de janeiro será lembrado em diversas outras capitais, com atividades diversas. Em Porto Alegre, o objetivo dos organizadores é reunir cerca de 10 mil participantes entre praticantes de religiões afro-brasileiras, simpatizantes e religiosos de outras confissões que também clamam pelo respeito, entendimento e diálogo inter-religioso. A Marcha tem apoio de inúmeras entidades entre elas a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa/RS, associações representativas das religiões de matriz africana no Estado, gabinetes de Deputados estaduais, Organizações Não-governamentais, entre outras.

INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA:
Fones: (51) 9986.9719 - 3333.9224 - 3333.9736
Email: dyba@terra.com.br

NOTÍCIAS DA I MARCHA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA E PELA VIDA

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21 de Janeiro – Dia Nacional de Mobilização Contra a Intolerância Religiosa e o RS Berço do Racismo e da Intolerância não pode ficar na inércia

A Marcha está crescendo, ganhamos apoio da CEUCAB-RS, AFRORITO, AFROBRAS, FUNDAÇÂO MOAB CALDAS, Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, Gabinete da Vereadora Sofia Cavedon –PT-RS.
Precisamos colocar nas Ruas de Porto Alegre um número expressivo de Babalorixas, Iyalorixas, Omorixas e simpatizantes, bem como agregar outras religiões que pactuam do nosso mesmo sentimento de que “um mundo com tolerância e respeito é possível”.
Uma violência histórica foi impetrada contra o nosso povo, e esta é irreparável. Impuseram-nos uma religião, arrancaram os nossos nomes africanos colocando nomes cristãos, que nada tem a ver com nossa cultura e tradição, depois nos proibiram de entrar nas igrejas (tínhamos que ficar amontoados às portas). Proibiram nossa manifestação religiosa e fé e nossas práticas à Luz do dia, e agora, querem nos tirar a noite. Arrancaram-nos da nossa Pátria, tiraram-nos de nossas terras, e até hoje, nos negam o direito a territorialidade. Chega “deles” decidirem!
FORA RACISMO! FORA INTOLERANCIA RELIGIOSA! VIVA O ESTADO LAICO!VAMOS TOCAR TAMBOR, E A HORA É AGORA!
Dia 21 de janeiro acontecerá em Porto Alegre a I MARCHA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA E PELA VIDA, e você tem que estar nela.
Quem tem ORI não Baixa a Cabeça!!!!
Baba Diba de Iyemonja
CEDRAB-RS – Congregação em Defesa das Religiões Afro Brasileira do RS


Baba Diba de Iyemonja
Pùpó Àsé Àwá