25 de janeiro é o dia da II marcha no RS

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É dia 25 de Janeiro de 2010, segunda feira, e audiencia pública junto ao Ministerio Público Estadual precederá a II Marcha. A Audiencia será as 14 horas na sede do MP e a pauta será intolerância religiosa e lei do silêncio.

A Marcha

Caravanas de todo o estado mobilizam-se para a II Marcha Estadual pela vida e liberdade religiosa a realizar-se no dia 25 de janeiro de 2010. A marcha já conta com adesão de diversas organizações governamentais e não governamentais do estado e do Cenário Nacional. A expectativa é que consigamos colocar um numero muito superior ao de 2009 de lideranças Religiosas nas Ruas de Porto Alegre. A Marcha também Marcará a abertura do Didá Ará - I Encontro Nacional de Tradições de Matriz Africanas e saúde no RS e estará abraçando a campanha lançada em Salvador na caminhada nacional pela vida e liberdade religiosa realizada em 21 de novembro de 2009 pelo Cen Brasil, "Quem é de axé, diz que é!" campanha importantíssima que prepara os adeptos de religião de matriz africana para o Censo de 2010 para que possamos saber quanto somos e onde estamos, dado necessário para reivindicarmos políticas públicas, ações afirmativas e regulamentação fundiária para nossos terreiros. então, quando os recenseadores do IBGE baterem a sua porta assuma sua religiosidade "QUEM É DE AXÉ, DIZ QUE É!"

Intolerância Religiosa

Mais um ato de intolerância e desrespeito há um dos terreiros mais expressivos e antigos da Bahia, pela segunda vez consecutiva o Ile Axé Opo Afonja de Salvador, cuja liderança religiosa é de nossa matriarca Mãe Stela de Oxossi foi invadido por vândalos, e desta vez o quarto de Oxum que foi depredado e estão sendo apurados os responsáveis que devem ser os mesmo que há alguns meses saquearam o quarto de Oxalá do mesmo terreiro. Na cidade mais negra do Estado do RS, Rio Grande (80% população negra), mais um terreiro foi fechado por ação judicial. O Terreiro Ile Africano Pai José de Aruanda Candomblé Oju Omi D’Sango, Iyemoja e Oiya do Babalorixa Pai Marcos de Iyemoja foi denunciado por uma única Vizinha que alegou perturbação de seu descanso por conta do barulho dos tambores, o que foi definitivo para que o Promotor de Justiça do ministério Público da Cidade de Rio Grande Dr. Jose Alexandre Zachia Alan, instaurasse uma ação cível contra o terreiro desconsiderando o caráter religiosos, enquadrando o como casa noturna e pedisse liminar solicitando o fechamento do terreiro entre outras penalidades como multa de R$1.000,00 ao dia pelo descumprimento. Já a Juíza da 3º vara cível da cidade Dra. Suzel Regine Neves de Mesquita, não deferiu a liminar considerou de caráter unilateral a prova produzida alem de ser insuficiente, já que a medição de ruído foi feitos em uma data em que os terreiros da cidade estariam festejando Iyemanja e não considera ruídos produzidos por terreiros de caráter irreparável ou de difícil reparação. Mesmo assim , o promotor referido entrou com agravo no TJRS onde o Des Jorge Maraschin dos Santos acolheu o agravo mandando fechar o terreiro. Juntamente com a Comissão de Direitos humanos da assembléia Legislativa do estado estamos encaminhando recurso para tentar reverter a liminar e representar o Babalorixa em mais esta arbitrariedade do poder público contra a tradição milenar do nosso povo.

O organizador da Marcha, Baba Dyba de Iyemonja foi vitima de Intolerância religiosa ao se apresentar para participar do Programa Bibo Nunes na Ulbra TV, mesmo tratando-se de concessão publica e o estado sendo laico... O Babalorixa registrou ocorrencia na 17 delegacia da capital.

Mais do que nunca devemos tomar as ruas de todas as cidades do Brasil e exigir respeito a nossa tradição e lançar a pergunta...até onde vai sua intolerância? Quero ver você lá.!

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